Fertilização in vitro e inseminação artificial: qual a principal diferença?

Dra. Patrícia Varella Especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Reprodução Humana Assistida

Uma clínica especializada em reprodução humana assistida possui diversos tratamentos que podem ser realizados por casais que não conseguem engravidar naturalmente. Somente o especialista é capaz de indicar o melhor tratamento para cada caso.

Os tratamentos mais conhecidos nessa área são a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação artificial. 

É comum as pessoas confundirem os dois tratamentos, mas eles possuem divergências específicas e diferentes taxas de sucesso. Vamos falar um pouco mais sobre isso a seguir. 

Diferenças entre fertilização in vitro e inseminação artificial

Tanto a inseminação artificial quanto a fertilização in vitro são procedimentos de reprodução humana assistida, pois são realizados com acompanhamento médico. Ambas utilizam medicamentos para induzir a ovulação para então realizar a fecundação. E é aí que está a maior diferença entre elas.

Inseminação artificial

A inseminação artificial é um procedimento mais simples do que a FIV e consiste em diminuir o caminho percorrido pelo espermatozóide até o óvulo. 

Nesta técnica, o sêmen é depositado diretamente na cavidade uterina, quando a mulher estiver ovulando para ser fecundado na tuba uterina. 

Para realizar o procedimento, o sêmen é coletado através da masturbação e separado em laboratório a fim de selecionar os espermatozóides com maior potencial. 

Podemos dizer que a inseminação artificial é indicada apenas para mulheres que têm as tubas normais, sem obstrução, sendo realizada com a indução da ovulação através de medicamentos.

O tratamento também é indicado em casos de infertilidade sem causa aparente e para homens que têm contagem baixa a moderada de espermatozoides. As taxas de gravidez são de 12% a 20%.

Fertilização in vitro

A fertilização in vitro é um tratamento mais complexo e eficaz, realizado totalmente em laboratório. Na técnica, o óvulo é retirado do ovário através de uma punção por via transvaginal e é fecundado pelo espermatozóide no laboratório, fora do corpo feminino. 

Após alguns dias de desenvolvimento, o embrião é transferido para o útero que foi previamente preparado para aceitar o embrião. 

A fertilização in vitro é indicada para problemas graves que provocam a infertilidade, como alterações tubárias, endometriose, baixa qualidade dos óvulos e alteração dos espermatozoides. A taxa de gravidez da FIV é maior que a da inseminação artificial, ficando em torno de 40 a 50%.

Artigo escrito pela Dra. Patrícia Varella

Ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana assistida

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dra. Patrícia Varella Especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Reprodução Humana Assistida

Médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), também fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia na mesma instituição.
CRM-SP nº 93928