Médica obstetra: conheça todos os serviços

Reprodução Humana Assistida

A obstetrícia, assim como a ginecologia, também cuida da saúde da mulher. Contudo, os profissionais dessa área estudam todo o período da gestação, parto e puerpério nos seus aspectos fisiológicos (normais) e patológicos (anormais).

Ao perceber-se grávida, é importante procurar reconhecer seus novos limites. É comum que a gestante leve um tempo para entender e aceitar que sua condição cardiovascular, sua respiração, sua postura, suas necessidades nutricionais, seu caminhar, seu apetite sofrem momentâneas e progressivas modificações.

A duração de uma gestação saudável é de, em média, 40 semanas, com uma variação normal entre 37 (marco da gestação de termo) e 42 semanas.

Nesse período, existem muitos serviços que podem ser prestados por um obstetra. Conheça abaixo cada um deles. 

Amamentação

A amamentação é uma forma de nutrir e criar laços entre a mãe e o bebê. O leite materno contém minerais e nutrientes que, além de ajudar o seu pequeno a crescer, também diminui as chances de: infecções no ouvido, alergias, eczema, asma, vômitos, diarreia, pneumonia, diabetes juvenil, obesidade na adolescência e idade adulta e Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI).

É importante frisar que o bebê não é o único beneficiado, já que amamentar fortalece o laço entre mãe e bebê, estimula a liberação de ocitocina, o “hormônio do amor”, que também ajuda o útero a voltar a seu tamanho antes da gravidez. Outra vantagem é que a amamentação pode diminuir o risco de desenvolvimento do câncer de mama, câncer de ovário e diabetes tipo 2.

Sabemos que a produção do leite materno é baseada na oferta e demanda, ou seja, quanto mais você amamentar ou bombear o leite, mais leite produzirá.

A Organização Mundial da Saúde recomenda a amamentação exclusiva de seu bebê até os seis meses de vida. Depois você deve começar a introduzir uma dieta mais variada, acrescentando sólidos à amamentação até seu bebê completar um ano. Entretanto, não há um tempo pré-definido para parar de amamentar.

Gestação

A gestação, também chamada de gravidez, é um evento resultante da fecundação do óvulo pelo espermatozóide. Ela ocorre dentro do útero e é responsável pela geração de um novo ser.

Algumas mulheres apresentam gravidez múltipla, que é a gestação em que existe mais do que um embrião ou feto, como é o caso dos gêmeos.

É importante que toda gestante tenha acompanhamento periódico e contínuo com um obstetra para assegurar que o desenvolvimento seja adequado e que a mãe não sofra nenhum problema.

Entre os cuidados de saúde indispensáveis durante este período estão: a suplementação com ácido fólico, a restrição do consumo de tabaco, álcool e drogas, a prática de exercício físico adequado e a realização dos exames médicos e ecografias recomendados.

Gestação de alto risco

A gestação de alto risco é aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população. 

Alguns fatores que podem desencadear uma gestação de alto risco são:

  • Idade maior que 35 anos; 
  • Idade menor que 15 anos ou menarca há menos de 2 anos; 
  • Altura menor que 1,45m; 
  • Peso pré-gestacional menor que 45kg e maior que 75kg; 
  • Anormalidades estruturais nos órgãos reprodutivos; 
  • Situação conjugal insegura; 
  • Conflitos familiares; 
  • Baixa escolaridade; 
  • Condições ambientais desfavoráveis; 
  • Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; 
  • Hábitos de vida, como fumo e álcool; 
  • Exposição a riscos ocupacionais, como esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse;
  • Abortamento habitual; 
  • Morte perinatal explicada e inexplicada; 
  • História de recém-nascido com crescimento restrito ou malformado; 
  • Parto pré-termo anterior; 
  • Esterilidade/infertilidade; 
  • Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos; 
  • Nuliparidade e grande multiparidade; 
  • Síndrome hemorrágica ou hipertensiva; 
  • Diabetes gestacional; 
  • Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesáreas anteriores); 
  • Hipertensão arterial; 
  • Cardiopatias; 
  • Pneumopatias; 
  • Nefropatias; 
  • Endocrinopatias (principalmente diabetes e tireoidopatias); 
  • Hemopatias; 
  • Epilepsia; 
  • Doenças infecciosas (considerar a situação epidemiológica local); 
  • Doenças autoimunes; 
  • Ginecopatias; 
  • Neoplasias; 
  • Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico; 
  • Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada; 
  • Ganho ponderal inadequado; 
  • Pré-eclâmpsia e eclâmpsia; 
  • Diabetes gestacional; 
  • Amniorrexe prematura; 
  • Hemorragias da gestação; 
  • Insuficiência istmo-cervical; 
  • Aloimunização.

Nutrição

A gravidez é um momento muito especial e a nutrição é fundamental para garantir a saúde mãe e o desenvolvimento do feto. A gestante deve se alimentar de forma equilibrada aproveitando ao máximo os nutrientes dos alimentos, evitando o ganho de peso excessivo para não trazer riscos tanto para ela como para o seu bebê.

Pós-parto

É muito importante que a mulher mantenha o acompanhamento com seu obstetra a fim de evitar complicações mais sérias, como depressão pós-parto, mastite, cistite, endometrite, hemorragia pós parto. 

Após 6 horas da anestesia do parto, deve ser oferecida uma dieta regular tão logo a mulher deseje se alimentar. Caso o parto não tenha apresentado complicações, o banho está autorizado, sempre com ajuda da enfermeira. A vulva deve ser limpa de frente para trás.

As pacientes também são estimuladas a evacuar antes de deixarem o hospital, embora com a alta hospitalar precoce essa recomendação nem sempre aconteça. 

Orientações gerais

Toda mulher, ao perceber-se grávida, deve se atentar ao fato de que a sua saúde física e mental afeta diretamente a saúde de seu filho. 

Alguns assuntos pertinentes a esse tema e que são tratados com um obstetra são:

  • O uso de cinta;
  • Visitas regulares ao dentista;
  • Cuidados com os cabelos, o que pode ou não ser feito;
  • Varizes e o uso de meia elástica de média compressão; 
  • Vida Sexual durante a gravidez;
  • As roupas mais adequadas;
  • Uso de filtro solar e cuidados com a pele;
  • Recomendação de exercícios físicos;
  • Massagens;
  • Viagens de avião.

Todos esses temas podem ser conversados com um obstetra a fim de encontrar a melhor solução para o seu caso.

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Artigo escrito pela Dra. Patrícia Varella

Ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana assistida

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