Amamentação

A amamentação é uma forma de nutrir e criar laços entre a mãe e o bebê. Esse processo natural pode ser desafiador no início, mas acaba trazendo diversos benefícios para ambos.

O leite materno contém minerais e nutrientes que, além de ajudar o seu pequeno a crescer, também diminui as chances de: infecções no ouvido, alergias, eczema, asma, vômitos, diarreia, pneumonia, diabetes juvenil, obesidade na adolescência e idade adulta e Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI).

Entretanto, o bebê não é o único beneficiado. Amamentar fortalece o laço entre mãe e bebê, pois estimula a liberação de ocitocina, o “hormônio do amor”, que também ajuda o útero a voltar a seu tamanho antes da gravidez. Outra vantagem é que a amamentação pode diminuir o risco de desenvolvimento do câncer de mama, câncer de ovário e diabetes tipo 2.

Diante disso, vamos entender melhor sobre o mundo da amamentação.

Quanto tempo deve durar a amamentação?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Ministério da saúde recomendam que a amamentação seja exclusiva até a criança completar seis meses de vida – sem a necessidade de oferecer outro alimento, nem mesmo água. E mesmo, após esse período, mesmo que o bebê comece a ingerir alimentos sólidos, é bom que ela seja mantida até que o mesmo complete dois anos ou mais.

Além disso, é importante salientar que o leite materno muda a composição de acordo com as necessidades da criança. Ou seja, em fases mais iniciais, ele é mais forte, e contém anticorpos que vão proteger o bebê de bactérias, vírus e outros agentes infecciosos. Com o tempo, conforme o desenvolvimento da criança, ele vai mudando sua composição.

Nos primeiros dias é comum que o bebê queira mamar de hora em hora. Isso ajuda a estimular a produção de leite, que se tornará sob medida para a necessidade de amamentação de seu recém-nascido. Com o passar do tempo, a fome passa a ser menos frequente e o bebê começa a mamar a cada 2 ou 3 horas.

Sabemos que a produção do leite materno é baseada na oferta e demanda, ou seja, quanto mais você amamentar ou bombear o leite, mais leite produzirá.

Leite materno: o que é preciso saber?

Antes de tudo, precisamos entender que o leite materno é diferente em cada mulher. Isto deve-se ao fato que as porções de vitaminas, minerais, gordura, água e outros componentes variam de acordo com cada criança.

Do mesmo modo, mulheres que amamentam meninos produzem um leite mais rico em gorduras do que aquelas que amamentam meninas. A porcentagem fica em 2,8% em meninos e 1,74% para meninas.

A seguir, algumas das dúvidas  mais importantes para você entender tudo  sobre o assunto!

Qual a composição do leite materno?

Ele apresenta três formas de produção, que acontecem em estágios diferentes. E tudo, atendendo as necessidades de cada etapa do desenvolvimento do bebê. São elas: Colostro, leite de transição e leite maduro.Assim, podemos definir:

Colostro: é um líquido amarelado, espesso, produzido logo após o parto, e dura em média, dois a três dias. Há algumas mulheres que produzem colostro já na gestação.

Leite de transição: É o leite mais rico em gorduras e carboidratos. Produzido entre o 7º e 21° de nascimento.

Leite maduro: Após os períodos assinalados pelas outras fases, o leite torna-se agora equilibrado. Contudo, as quantidades de cada nutriente ainda podem se alterar.

Como faço para armazenar o leite?

Antes de tudo, a mãe geralmente produz cerca de 30% a mais de leite do que o bebê realmente precisa. Porém isso pode variar. Há mulheres que produzem ainda mais. Essa quantidade em excesso deve ser retirada para oferecer na ausência ou para doação aos chamados bancos de leite.

Diante disso, a retirada do leite pode ser de forma manual ou com auxílio de uma bomba. Sempre é bom lembrar do cuidado com a higiene antes de qualquer processo.

Por fim, ele deve ser armazenado em um recipiente de vidro com tampa ou em recipientes próprios, adquiridos na farmácia. É preciso lavá-los e esterilizá-los com água quente antes da retirada do leite.

Outro fato importante de lembrar é que o leite só poderá ser oferecido ao bebê após 40 minutos após a retirada. E na geladeira, ele pode ficar armazenado por até 48 horas.

Deste modo, quando precisar utilizar, basta retirar o mesmo algumas horas antes, e deixar descongelar naturalmente. Antes de oferecer a criança, deve ser aquecido levemente em banho-maria, para chegar à temperatura ambiente.

Portanto, quais os benefícios da amamentação? Saiba que ela é importante tanto para a saúde do bebê, quanto para a mãe.

Benefícios da amamentação

Para entendermos melhor,vamos listar alguns dos benefícios do filho e da mãe, com relação a amamentação.

Deste modo, para o bebê, temos:

  • Fortalece a imunidade;
  • Reduz as chances de obesidade;
  • Diminui o risco de alergias;
  • Ajuda no desenvolvimento cognitivo;
  • Combate a anemia.

Para a mãe, a amamentação traz inúmeros benefícios. Eles vão desde ganhos em saúde física e mental, como melhoria das mudanças hormonais. Vamos conhecer outras:

  • Reduz os riscos de depressão pós parto, muito comum em mulheres;
  • Diminui os riscos de desenvolver câncer de mama e ovário;
  • Estimula o vínculo afetivo com o bebê;
  • Ajuda na perda de peso;
  • Combate a anemia pós parto.

A seguir, vamos entender também qual o melhor jeito de amamentar, para o momento ser prazeroso tanto para você, quanto para seu bebê.

Qual a maneira correta de amamentar?

O primeiro passo é a escolha de um lugar confortável, em que as costas fiquem bem apoiadas. Nas primeiras mamadas, cada uma pode durar cerca de 30 a 40 minutos. 

Entre outras dicas, podemos citar a alternância  dos seios, cuidar dos seios feridos e sempre conferir se a “pega” está correta. O que seria isto? Quando o bebê pega apenas o bico do peito, ele não consegue sugar o leite, além de machucar a mãe. A pega correta é aquela que apanha toda a auréola do seio.
Para saber mais sobre o mundo da amamentação e outras dicas essenciais, agende uma consulta com a gente!

INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dra. Patrícia Varella Especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Reprodução Humana Assistida

Médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), também fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia na mesma instituição.
CRM-SP nº 93928

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