Os contraceptivos são as principais ferramentas de planejamento familiar. Para escolher o melhor método, é recomendado que a mulher obtenha informações seguras e orientações de um médico, que levará em consideração suas características individuais, o perfil da paciente e também possíveis doenças associadas que ela possa ter.
Atualmente, o contraceptivo mais usado no mundo é a pílula, por ser um medicamento de fácil acesso e disponível em diversas formas. Entretanto, este nem sempre é o método mais indicado, pois muitas mulheres acabam esquecendo de tomar o remédio, correndo o risco de falha. Além disso, apesar de muito eficientes, os contraceptivos orais combinados determinam um risco maior de eventos tromboembólicos, sendo indicado para um grupo seleto de mulheres, aquelas com menos de 35 anos e risco baixo para trombose.
Em casos assim, os métodos contraceptivos de longo prazo, como os sistemas intrauterinos (SIUs) ou dispositivos intrauterinos (DIUs) e os implantes anticoncepcionais, podem ser mais eficazes por dependerem menos da mulher. Contudo, esses métodos também não podem ser utilizados por qualquer pessoa e o médico deve avaliar cada caso individualmente.
Toda mulher precisa ser informada sobre os riscos e benefícios de cada método contraceptivo. Além disso, o profissional de saúde deve orientá-la corretamente, desaconselhando ou deixando de prescrever contraceptivos que apresentem contraindicações.
Conheça um pouco mais sobre os métodos contraceptivos disponíveis.
Métodos Anticoncepcionais não hormonais
São aqueles em que a contracepção não utiliza hormônio. Dividem-se em três tipos: Muito eficientes, eficientes e pouco eficientes.
Muito Eficientes:
DIU – índice de falha 0.1%. Os DIUs de cobre e de cobre com prata são muito escolhidos por mulheres que desejam ter um método eficaz, livre de hormônios e que a mantenha protegida por um período maior (até 5 anos).
Vasectomia e Laqueadura – são métodos contraceptivos irreversíveis, por isso, devem ser uma opção de contracepção definitiva, sem que se arrependa.
Eficientes:
Camisinha – índice de falha 8% a 20%
Camisinha feminina – índice de falha 8% a 20%
Pouco eficientes:
Tabelinha – índice de falha 10% a 20%
Coito interrompido – índice de falha 15% a 20%
Métodos Anticoncepcionais Hormonais
Os métodos contraceptivos hormonais são aqueles em que a prevenção da gravidez é controlada por hormônios. Divide-se em muito eficientes e eficientes.
Muito eficientes:
Pílula – índice de falha 0,1%
Injeção anticoncepcional mensal e trimestral– índice de falha 0,1%
Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU) – índice de falha 0,1%. Trata-se de um DIU medicado com progesterona, o Mirena, extremamente eficaz, com peculiaridades em relação ao DIU não medicado que pode ser mais ou menos indicados para cada caso, dependendo da história clínica da paciente.
Implante – índice de falha 0,1%Trata-se de um implante subcutâneo, de nome Implanon no mercado e que garante contracepção por liberar progesterona em baixas doses sistemicamente.
Anel vaginal – índice de falha 0,1%. Trata-se de um anel que deve ser inserido pela vagina por 21 dias, no mês, removido por 7 dias e reinserido novo anel, após a pausa de 7 dias. No mercado, é o Nuvaring.
Adesivo anticoncepcional – índice de falha 0,1%. Trata-se de adesivos que devem ser colados em abdome, um adesivo por semana por 3 semanas e pausa na 4ª semana. No mercado é o Evra.
Eficientes:
Pílula do dia seguinte – índice de falha 5% a 20%. Trata-se da contracepção de emergência indicada logo a seguir da falha de algum método. Quanto antes administrada, melhor o efeito de impedir a gestação. Por ser um método que pressupõe a ingesta de pílula de alta dosagem, não deve ser um método frequente e sim de exceção.