Gestação

A gravidez ainda é um sonho de muitas mulheres. O desenvolvimento de uma nova vida emociona a todos. Dessa forma, muitas delas têm buscado formas de ter uma gestação saudável, de modo que nada prejudique ou afete a vida dela e do bebê.

Primordialmente, a gestação ou gravidez é um evento resultante da fecundação do óvulo pelo espermatozóide. Ela ocorre dentro do útero e é responsável pela geração de um novo ser.

Dessa forma, quais as fases de uma gestação? Por quais etapas o feto passa?

Gestação: início de uma vida

A princípio, o atraso menstrual é geralmente o sinal que mais chama a atenção da mulher para a possibilidade de uma gravidez. Outros sintomas são: aumento dos seios, enjoos, sono, aumento da fome e frequência urinária e maior sensação de cansaço.

De antemão, como sabemos, a fecundação pode dar-se através de relações sexuais ou ser mediante reprodução assistida. O desenvolvimento do embrião tem início com a divisão do óvulo em múltiplas células e é nesta fase que se começam a formar a maior parte dos órgãos, muitos deles funcionais.

A partir das oito semanas de idade gestacional, o embrião é designado feto e apresenta já a forma humana que se desenvolverá continuamente até ao nascimento. Em suma, o parto ocorre em média cerca de 38 semanas após a fecundação, o que corresponde a aproximadamente 40 semanas após o início do último período menstrual.

Os bebês que nascem antes das 37 semanas são considerados pré-termo ou prematuro e depois das 40 semanas pós-data.

Por fim, algumas mulheres podem apresentar gravidez múltipla, que é a gestação em que existe mais do que um embrião ou feto, como é o caso de gêmeos!

Semanas da gestação

Antes de mais nada, sabemos que a gestação dura, em média, 9 meses. Contudo, há gestações que podem chegar até as 42 semanas. Neste caso, os médicos podem induzir o parto, caso ele não ocorra espontaneamente.

Dessa forma, vamos entender melhor a gestação completa e o que acontece em cada mês!

1 mês

Fase na qual a mulher geralmente não sabe que está grávida. Porém, o óvulo fertilizado já se implantou no útero.

2 mês

Nesta fase, o embrião já pesa de 2 a 8 gramas. O coração costuma começar a bater com 6 semanas.

3 mês

Em síntese, o bebê aqui já mede 10 centímetros e pesa de 40 a 45 gramas. Começam a se formar orelhas, nariz e articulações.

4 mês

O feto passa a engolir o líquido amniótico. Assim, mede cerca de 15 cm e pesa cerca de 240g.

5 mês

Nesta fase, braços e pernas tornam-se proporcionais ao corpo. Além disso, pesa cerca de 600g e mede aproximadamente 30 cm.

6 mês

Primordialmente, caracteriza-se pela abertura dos olhos, com rotina de sono e palato desenvolvido. Mede cerca de 30 a 35 cm e pesa entre 1 e 1,2kg.

7 mês

Cérebro se desenvolvendo e expandindo. Portanto, mede aproximadamente 40cm e pesa quase 2kg.

8 mês

É nesta fase que começa a movimentação do bebê na barriga da mãe. Assim, esta fase, muitas vezes, pode ser desconfortável para a grávida. O corpo começa a reagir, com inchaços nas pernas. Ou seja, é importante repouso e caminhada, uns 20 minutos para aliviar.

9 mês

O bebê está completamente formado. Assim, se as contrações não iniciarem espontaneamente até este período, terá que ser realizada a indução do parto, com ocitocina sintética. Geralmente, ele aguarda até as 41 semanas e 3 dias para vir ao mundo!

Gestação e hormônios

Quando acontece a implantação do embrião na parede do útero, ele passa a produzir gonadotrofina coriônica. Mas o que é isto? É um hormônio que impede que as taxas de estrógeno e progesterona diminuam.

Dessa forma, a menstruação não acontece. Por este fato, torna-se o primeiro sinal de uma gravidez.

Em suma, os testes de farmácia detectam a presença deste hormônio na urina.

Assim, depois da descoberta da gravidez é importante prestar atenção e redobrar os cuidados de saúde. Surgem os exames pré-natais, que apresentam uma série de benefícios para a saúde da grávida e do bebê.

Gestação e exames pré-natais

Antes de mais nada, realizar check-ups constantemente durante o período gestacional é de fundamental importância para evitar complicações graves e proteger a saúde do bebê. Algumas doenças colocam em risco a vida do feto, e são transmitidas de mãe para filho.

Dessa forma, vamos entender alguns dos principais exames pré-natais que realizam-se durante uma gestação!

Hemograma completo

Em suma, o hemograma é um exame que avalia todos os componentes presentes no sangue. Entre os principais, temos as plaquetas, glóbulos brancos e vermelhos,etc. Serve ainda para a identificação de uma possível anemia – na fase da gestação, há um aumento de 50% do líquido. Assim, o ferro se dissolve, propiciando o quadro anêmico.

Além disso, o exame aponta se a coagulação está normal e se o sistema imunológico encontra-se fortalecido.

É interessante realizar o exame na primeira consulta. Após, realizar a cada trimestre, se o obstetra considerar necessário.

Urina e fezes

Esses tipos de exames servem para apontar a possível presença de sangramento, bactérias, parasitas no intestino, proteínas e hemácias.

Assim, caso algo seja detectado, pode ser indício de uma infecção urinária ou anemia. Geralmente, elas não apresentam sintomas.

Desde já, vale destacar, a importância do exame. Ele evita complicações graves, como o comprometimento dos rins e outros órgãos do corpo.

Glicemia

Exame que identifica a quantidade de glicose no sangue. Dessa forma, o teste requer jejum, ou poderá ser feito duas horas após o consumo de alimentos, isto é, no período de curva glicêmica.

Sorologia para hepatites virais

Por fim, a lista de exames pré-natal inclui ainda a sorologia para hepatites virais B e C. Elas geralmente transmitem-se através da relação sexual. Este tipo de enfermidade compromete o desenvolvimento fetal. Assim, é importante realizá-la no primeiro e terceiro trimestres da gestação!

Existem outros exames ainda. Aqui foram listados apenas alguns. Você pode entrar em contato com a gente para saber mais!

É possível que algumas mulheres sofram complicações, as mais comuns delas, são a hipertensão, diabetes gestacional, anemia por deficiência de ferro e náuseas e vômitos graves. Daí a importância do acompanhamento médico.

INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dra. Patrícia Varella Especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Reprodução Humana Assistida

Médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), também fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia na mesma instituição.
CRM-SP nº 93928

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