Qual a diferença entre fertilização e inseminação artificial?

Dra. Patrícia Varella Especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Reprodução Humana Assistida

A fertilização in vitro (FIV) e a inseminação artificial são duas técnicas de reprodução assistida, que muitas vezes são confundidas entre si. Cada uma delas, porém, tem as suas próprias vantagens e suas recomendações, sendo importante se informar antes de tomar uma decisão.

No conteúdo de hoje você vai descobrir as diferenças entre esses procedimentos, compreendendo também a importância de contar com um bom profissional para escolher entre eles. Continue sua leitura e saiba mais!

O que é a inseminação artificial?

A inseminação artificial é a técnica em que o óvulo é fecundado dentro do próprio útero da mulher, depois que o espermatozóide foi coletado, selecionado e preparado de forma profissional. A paciente recebe uma medicação hormonal para estimular a produção de seus gametas, com o objetivo de aumentar as chances de engravidar.

Os gametas masculinos são coletados por meio da masturbação e são analisados para que se selecione o melhor espermatozóide. Este será implantado, então, dentro da cavidade uterina, facilitando o seu encontro com o óvulo.

Quando a inseminação artificial é recomendada?

A inseminação artificial é um procedimento mais simples, sendo realizado rapidamente e sem uma grande ingestão hormonal. Ela costuma ser recomendada, por exemplo:

  • quando o problema de fertilidade é um fator masculino leve;
  • quando os distúrbios ovulatórios podem ser contornados com a estimulação;
  • para casais homoafetivos femininos (com o espermatozóide de um doador).

O que é a fertilização in vitro (FIV)?

A FIV já é uma técnica com maior complexidade, em que a fecundação é realizada fora do corpo da mulher. A paciente se submete à estimulação hormonal — porém com doses mais elevadas dos medicamentos — e seus óvulos são coletados por meio de uma punção.

Esses gametas são analisados e selecionados conforme as suas condições, sendo cultivados aqueles que apresentam mais qualidade, em um ambiente laboratorial específico. Os espermatozóides são coletados e a fecundação é feita em uma incubadora, de modo que o embrião pode ser congelado ou implantado no útero da mulher, posteriormente.

Quando a fertilização in vitro é recomendada?

A FIV tem maior complexidade, já que ela exige as condições ideais para que a fecundação aconteça fora do útero. Ela apresenta maiores chances de sucesso, podendo ser indicada para os casos anteriores, mas também para situações em que:

  • os problemas de fertilidade são mais graves (como em alguns casos de endometriose profunda);
  • as mulheres têm laqueadura ou os homens têm vasectomia;
  • a infertilidade não tem uma causa definida;
  • ocorre a perda gestacional frequente;
  • a mulher deseja postergar a gestação, contando com embriões congelados para não perder a qualidade dos óvulos;
  • casais homoafetivos.

Para escolher entre a fertilização in vitro e a inseminação artificial, é importante conversar com o seu ginecologista e avaliar as condições de fertilidade. O estado de saúde da paciente, sua reserva ovariana, seus objetivos e sua idade são fatores fundamentais a se levar em consideração.

Agora você conhece a diferença entre a fertilização in vitro e a inseminação artificial! Agende um horário com a Dra. Patrícia e venha tirar as suas dúvidas sobre a reprodução assistida!

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dra. Patrícia Varella Especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Reprodução Humana Assistida

Médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), também fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia na mesma instituição.
CRM-SP nº 93928